sábado, 21 de novembro de 2015

Terça sem carne


Encontrei no ônibus uma garota cuja cor do cabelo era incomum. Digo incomum porque não são muitas garotas que encontro no ônibus que tenham essa cor em suas madeixas. Geralmente são três cores: Loiro, preto e ruivo- Ah, o ruivo!!

É claro que existem outras cores, não deixe ser enganado ou enganado pelo ingênuo homem que está escrevendo.

Verde me lembra de natureza, minha cor preferida e fruta com gosto marrento. Nunca essa cor lembraria cabelo. Pois é. Já estou a 30 minutos no segundo ônibus que é rotina para mim e fiz questão de adicionar CABELO às minhas lembranças. Como fui idiota por não ter pensado desta maneira. Os trabalhos andam me ocupando de tal maneira que estou começando a ver o mundo com olhos mortais. Um suicídio para quem escreve.

Depois do fato ocorrido e da minha desatenção, voltei a perceber as coisas. A mulher ao meu lado tem cerca de 44 anos e suas roupas exalam um forte cheiro de cigarro. Seus dentes são branquíssimos para alguém que fuma. Concluo que ela possui um marido que é fumante compulsivo ou ela passa pela Brigadeiro de manhãzinha. As pessoas de lá parecem chaminés ambulantes, fruto da Revolução Industrial, talvez. O que é certo é que se eu encontrasse essa mesma mulher ontem, tamparia meu nariz e a julgaria como uma fumante que usa o mesmo vestido decotado para fumar.

Logo mais desço na Alcântara, lugar costumeiro para a minha pessoa. Fui convidado para ir a um restaurante vegano. Sem dúvidas não recusei. Terça-Feira expulso carne do meu prato. Melhor assim, falar de um dia sem carne ao invés de cabelos. Faz jus ao título.

 

( Logo mais recomendarei os pratos do restaurante )

( Será que lá tem alguém de cabelo verde? )

( Desculpe! )

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