quarta-feira, 25 de novembro de 2015

i ÁR- VO – RE!

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Um dia
A menina quis cantar
Uma simples melodia
Enquanto tomava seu chá

Olhou, parou, olhou, parou para a janela
Que linda era! Toda de Marfim!
Um dia
A menina viu seu amado passar

Deitou-se no chão da sala
TV ligada
Para conter uma enorme risada
Uma carta havia chegado
Linda caligrafia
Assinada e perfumada pelo seu amor
Um dia

O encontro estava marcado
Endereço de nome esquisito
Vestido florido, batom e cabelo penteado
Uma última olhada para casa
Ela saiu, cantando uma simples melodia
Sem chá

Olhou, parou, olhou, parou para a multidão
Não estariam sozinhos
Celular na mão, esperou e esperou
Recusou o algodão doce do vendedor
Recusou as juras de amor

Deitou-se no chão verde do bosque
Caíra na gargalhada
Rir para não chorar
Olhou, parou, olhou, parou para uma árvore
ÁR-VO-RE, por quê?
ÉS culpa sua, meu amor não chegar
Dormiu e virou raiz
                                                                                 ]   

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